MAURO, MIGUEL DIAS E ROCHA QUEREM A FINAL NACIONAL
Em semana de paragem de campeonato para festividades da Páscoa, fomos ao encontro de três responsáveis que têm um vínculo forte nas nossas competições. São eles Miguel Dias, capitão da equipa do Ba-yern, vencedores da Taça Sevens, Pedro Rocha, um ícone dos nossos torneios, jogador dos The Gunners, e Mauro Teixeira, treinador da equipa revelação da última época, a UD Palhota.
Miguel Dias
1-Na época passada o Ba-yern mostrou uma vez mais a sua qualidade na zona do Barreiro, ganhou inclusive a Taça Sevens, mas teve uma prestação um pouco abaixo na divisão de elite. Que comentário fazes à época que passou da tua equipa?
Sim, na época passada conseguimos mais uma vez o apuramento para a divisão de elite ficando em 2°lugar na zona do Barreiro e também já no final da época conquistamos a taça sevens que também era um dos nossos objetivos. Em contrapartida não conseguimos mostrar toda a nossa qualidade na divisão de elite muita por conta de algumas ausências de jogadores influentes na nossa equipa em alguns jogos importantes e também porque nesta divisão a qualidade de jogo aumenta muito, logo, a maturidade que algumas equipas já têm neste tipo de torneios é muito importante, e na minha opinião, devido à nossa equipa ser constituída por muitos jovens às vezes não nos permite de momento possuir esse tipo de experiência / maturidade, o que nesta divisão (elite) por vezes sobrepõem se à qualidade técnica dos jogadores.
2-O Ba-yern tem sido apontado por todas as equipas como uma das equipas que melhor futebol pratica. O que achas que tem faltado para darem o salto competitivo em termos de classificações?
Desde já em nome da nossa equipa tenho a agradecer a quem tem feito esses tais elogios sobre o nosso futebol porque no fundo é isso que a nossa equipa quer também trazer à Superliga, para além de querermos ganhar títulos queremos também praticar um bom futebol em todos os jogos. Na minha opinião enquanto capitão de equipa acho que o que nos falta para conseguirmos o tal salto em termos de classificações (e nisto refiro-me à fase a nível nacional) é sobretudo a consistência a nível das nossas exibições em campo, temos que conseguir manter um nível um pouco mais estável para estarmos sempre ao nível de equipas mais experientes e por último precisamos de conseguir ter sempre a mesma base de jogadores durante toda a época, o que por vezes não tem sido fácil devido a compromissos pessoais e profissionais dos mesmos.
3-O torneio do Barreiro tem este ano 12 equipas, tendo entrado algumas de muita qualidade. O que tens achado destes primeiros confrontos e o que esperas desta nova época para vocês?
Sim este ano a zona do Barreiro tem mais equipas em prova o que promove e muito a competitividade entre as equipas sobretudo, pelo que tenho observado, entraram equipas com muitos jovens de qualidade o que só vai tornar mais difícil o acesso à próxima fase pois todas as equipas vão ter jogos muito disputados e com um nível de dificuldade acentuado, mas no fundo acho que o alargamento da liga vem melhorar e muito o futebol da nossa zona. Da nossa parte podem esperar a mesma entrega de sempre, prometemos dificultar a vida a todas as equipas, praticando o nosso melhor futebol e sempre com o nosso foco de chegar à fase nacional que é algo que nas últimas épocas tem-nos escapado.
Pedro Rocha
1-A última época foi algo atípica para os Gunners que não conseguiram o apuramento para a Elite nem estar nas decisões das Taças. Que balanço fazes da última temporada?
Bom, em relação á temporada passada, foi uma fase difícil, uma fase de reestruturação. O “núcleo duro” saiu para outra equipa, e tanto eu como o João Fernandes (o outro responsável da equipa) tivemos algumas dificuldades em arranjar pessoal que não falhasse ao compromisso. Chegámos a uma altura, em que nos apercebemos que lutar pelo que quer que fosse, seria um erro, e daí ter sido uma época de reflexão.
2-Neste novo ano, a entrada da equipa foi forte, logo com uma boa vitória frente a um dos favoritos. A equipa voltou a reforçar-se, o que esperas para esta nova época?
Esta nova época, parece que trouxe um balão de oxigénio para a equipa. O espírito renovou-se e com a ambição de uns, e a vontade de outros, formamos novamente um grupo muito forte. Tentámos ver as nossas fragilidades, e com isso procurar o que nos faltava. Temos um balneário muito forte e é isso que nos motiva. Gostamos todos de jogar futebol, e acima de tudo, gostamos todos uns dos outros. Sabemos que esta época, é provavelmente a mais competitiva de todas. Temos de estar muito unidos para voltar em grande. Em relação ao jogo, foi bastante renhido, pois eles têm uma grande equipa, com jogadores muito bons. Creio que vencemos pelo espírito de entreajuda que todos tivemos.
3-Com os 2 primeiros a garantirem vaga na final nacional, esperas que os Gunners possam dar esse passo e voltar a estar no lugar que todos ambicionam?
Sim, não posso mentir em relação a isso. Todos temos essa vontade de estar novamente entre os melhores, mas isso só com muita luta e sacrifício irá acontecer. Todos gostamos de ganhar, e estamos todos a remar para o mesmo lado. Creio que temos condições para lutar pelos dois primeiros lugares, mas sabemos as dificuldades. Andamos nisto há muitos anos, e já temos saudades de ir à final nacional. Estou bastante contente com este plantel, pois não há nada melhor que juntar amizade àquilo que todos gostamos de fazer, jogar futebol. Não poderia deixar de dar os parabéns á organização, que tudo tem feito para nos proporcionar condições melhores, e tentar ao máximo que desfrutemos do jogo.
Mauro Teixeira
1-A equipa do UD Palhota foi um dos principais destaques na época passada ao conseguir o apuramento e uma digna prestação para a final nacional. Que balanço fazes desta última época?
O balanço da primeira época é extremamente positivo, superando todas as expectativas iniciais. A realidade é que, a UD PALHOTA não era das equipas favoritas a chegar à final nacional, no entanto, com muito trabalho e união entre todos, conseguimos o apuramento, adquirimos experiência e, acima de tudo, desfrutámos ao máximo da final nacional.
2-Na entrada para a nova época, a derrota frente ao Bairro do Liceu certamente não estava nas contas do grupo. Como vão reagir a essa adversidade e o que esperam daqui para a frente?
Efetivamente contávamos entrar com o pé direito nesta nova época, infelizmente não conseguimos, no entanto, esta derrota nada afeta os objetivos que definimos e que propusemos aos jogadores. Os jogadores perceberam o que correu mal no jogo contra o Bairro do Liceu, corrigimos as falhas e conseguimos regressar às vitórias logo no jogo seguinte e deixar uma boa imagem da equipa. Esta segunda época irá ser bastante competitiva, todas as equipas se reforçaram e seguramente que as equipas para se qualificarem para a final nacional terão que trabalhar muito.
3-Será uma época onde várias equipas de Setúbal terão oportunidade de estar na final nacional. Esperas voltar a ser uma delas e que balanço fazes do momento atual da prova em Setúbal?
A prova em Setúbal continua bastante competitiva. A qualidade das equipas continua a aumentar e os campos com excelentes condições para que os jogadores desfrutem ao máximo da prova. Depois de uma primeira época onde conseguimos o apuramento à fase nacional, a UD Palhota deseja estar novamente a jogar contra as melhores equipas do país e garantir novamente o apuramento, mas para isso, temos que pensar jogo a jogo e trabalhar bastante para levar de vencido as equipas de Setúbal, que como disse anteriormente, a qualidade tem vindo a subir. A UD Palhota deseja a todos os intervenientes da prova uma excelente época desportiva.